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O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.

Mario Quintana

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já que sou, o jeito é ser.

Clarice Lispector

 

 

 

 

 

 

 


MONTEIRO LOBATO - A chave do tamanho - dissertação
MONTEIRO LOBATO - A chave do tamanho - dissertação



Engenheiros do Havai, responsabilidade política e social em suas letras. Ouça aqui





 

 

A chave do tamanho de 1981 no youtube sequencial, 10 videos.

Há intervenções na história, ela é apenas uma sintese do livro :/ (mal feita ainda) 


livro completo 

 


 

 

 

 

Reconhecer o livro:

 

Autor/ano/sumário/apresentação

 

 

 

Manual do professor “Tesouro: Monteiro Lobato”:

 

  1. Analise o texto da página 38:

 

  • O que é este texto?
  • De quem é este texto?
  • Como é este texto?
  • Quando ele foi escrito?
  • Por que ele foi escrito?
  • Pra quem ele foi escrito?


 

Livro “A chave do Tamanho”:

 

  1. Analise o livro:

 

  • O que é este livro?
  • De quem é este livro?
  • Como é este livro?
  • Quando ele foi escrito?
  • Por que ele foi escrito?
  • Pra quem ele foi escrito?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 

 

Textos da página 103, de “A viagem à Rússia”... Segundo parágrafo, até “-África?” No antepenúltimo parágrafo. E o texto da página 111 do início até “Emilia rebolou-se...”.


(...)

A viagem à Rússia foi a mais trágica de todas. O visconde parou na zona da guerra e assombrou-se. O frio era horrível, muitos graus abaixo de zero, e aqueles milhões de homens que os ditadores tinham remetido para os gelos estavam todos mortos. Ao lado dos tanques e canhões viam-se montinhos de fardas em quantidade incrível, em muitos pontos já totalmente recobertos pela neve. Nenhum inseto beligerante pôde salvar-se depois do apequenamento. Nem procuraram sair de dentro das roupas desabadas, porque então morreriam ainda mais depressa no entanguimento do frio exterior. Ficaram dentro das roupas e capotes, aproveitando o último calorzinho. Em minutos, porém, os exércitos alemães e soviéticos viraram picolés.

Parece incrível, mas não se salvou ninguém, nem mesmo os que estavam dentro das casas ainda de pé, porque logo que os fogos acesos se apagaram o congelamento foi geral.

O palácio do governo era o célebre Kremlin, onde haviam residido tantos czares da Rússia antiga.

O número de insetos existentes naquele ponto devia ser grande, não só por causa da imensidão do palácio como pelos bons abrigos que os inúmeros montes de peles proporcionavam aos insetos russos. Os russos sempre se defenderam do frio por meio de roupas e capotes de peles — e dos pelos que deixavam crescer na cara — as formidáveis barbas e os bigodes. Cada monte de pele em que o visconde mexia, levantando uma aba ou manga de capote, punha à mostra vários insetos apavorados, que corriam a esconder-se.

Emília lembrou-se dos "tatuzinhos" ou bichos-de-conta que vivem debaixo dos vãos de pedra ou tijolo: assim que a gente ergue o tijolo, eles correm a esconder-se no escurinho mais próximo.

O que Emília viu na Rússia não deixou de assustá-la. Percebeu que o apequenamento havia causado ali mais mortes que em qualquer outro país, em virtude da intensidade do frio daquele inverno. E como começasse a ficar entanguida, deu ordem ao visconde de ir para um bom clima, dos quentinhos.

 

LOBATO, monteiro. A chave do tamanho. Ed. Globo, São Paulo. 2008


 


 

 

(...)

— as minhas conclusões — continuou o sábio — resumo-as em poucas palavras. Aquele tipo de civilização que havíamos realizado era uma simples consequência do fogo. Enquanto o homem não descobriu o fogo, viveu muito bem dentro da lei biológica, a civilizar-se lentamente. Veio o fogo e tudo mudou — começou o galope sem fim. Que eram aqueles monstruosos arranha-céus deste país, que era a blitzkrieg dos alemães, que era a nossa pressa de transporte e comunicação por meio de trens, aviões, navios, telégrafos, telefone e rádio, senão uma consequência do fogo?Apague-se o fogo e tudo desaparece. 

— isso não — protestou Emília. — o rádio não dependia do fogo. 

— erro seu, minha filha. O rádio dependia da eletricidade, e para produzir eletricidade tínhamos de usar turbinas e dínamos, coisas feitas de ferro — e quem é o pai do ferro? O fogo.

Emília embatucou. 

— tudo naquela civilização era um produto do ferro, continuou o sábio, e o ferro era filho do fogo. Felizmente estamos livres do fogo, como eu ia dizendo quando o mensageiro nos interrompeu. Estamos livres do fogo e do seu filho o ferro e das mil reinações que os dois faziam no mundo, comoas grandes guerras em que tudo era ferro e fogo. Estamos livres até da tremenda multiplicação dos homens sobre o planeta. 

— como? 

— foi o fogo que permitiu aos homens viverem em todos os climas e não apenas nos que lhes convinham naturalmente. Sem o fogo o homem só viveria nas zonas temperadas, as boas, e nunca nas zonas frias. E portanto haveria menos gente na terra — outra enorme vantagem tanto para o próprio homem como para os animais. E há ainda outro aspecto muito importante do fogo: os seus efeitos na alimentação humana. Graças ao fogo o homem pôde tornar comestíveis muitas coisas que não eram, e isso ainda aumentou a população humana no planeta, porque aumentou enormemente as possibilidades de alimentação. De modo que do fogo veio o calamitoso aumento da população humana, não só permitindo a invasão das regiões frias, como também transformando em comestíveis coisas que não eram naturalmente comestíveis. Quanto mais espaço vital e mais comida, mais gente. E veio o tal ferro que ia levando a humanidade ao mais desastroso fim. Que foi a última guerra senão o desabamento em cima do homem de toda a civilização baseada no ferro, sob forma de tanques, canhões, fuzis,metralhadoras, bombas aéreas etc.? Sempre o ferro e o seu maldito pai fogo!

 

Ora um, ora outro, quase sempre os dois juntos, não faziam outra coisas e não torturar os homens. Numa bomba aérea que os aviões derrubavam sobre Londres, o fogo vinha dormindo dentro do ferro. Quando o ferro da bomba chegava ao chão, o pai dele lá dentro acordava e, bum! Explodia e arrebentava tudo — e eram mortes e mais mortes, criancinhas despedaçadas, um horror! Nos incêndios o fogo trabalhava sozinho, dançava a sua horrível dança de chamas sobre casas e mais casas, sobre ruas inteiras, às vezes sobre cidades inteiras. — e nas baionetas, espadas, punhais, facas, chuços, lanças, esporas, espetos, era o ferro sozinho que judiava dos homens, dos cavalos e dos frangos, acrescentou Emília. — pois é — continuou o sábio. — estou convenciono de que a desgraça da velha civilização veio das consequências sociais do fogo. Sempre pensei assim, porque sempre vivi na terra mais atormentada pelas reinaçõesdo fogo e do ferro: essa infinidade de máquinas que aqui na américanos fazia tropicar num galope sem fim — para que, meu deus, para chegar ao quê? Imaginem, pois, o meu gosto quando sobreveio este súbito fenômeno da redução do tamanho — o maravilhoso-remédio para o caminho errado em que o homo sapiens se havia metido desde a descoberta do fogo. Emília rebolou-se de contentamento, radiante de ter sido ela a descobridora do "maravilhoso remédio". — sim — concordou o visconde. — todas as outras espécies animais vivem muito bem neste mundo sem recorrer ao fogo. O homo sapiens foi o único a entrar por esse caminho.

 

LOBATO, monteiro. A chave do tamanho. Ed. Globo, São Paulo. 2008


 


 

 

  1. Responda:

 

  • Qual a interação entre os textos. O que diz cada um dos textos? Como diz?
  • Como se apresentam as instituições sociais nele?
  • Quando foi escrito e por quê?
  • O que há de novo nestes textos para você?
  • Qual a interação formal apresentada entre Ásia e Ocidente?

 

  • Qual a importância do fogo na vida dos homens?
  • Qual a relação existente entre o fogo e o ferro?
  • Aspectos físicos podem influenciar na evolução humana?
  • Se houvesse uma segunda intenção do autor com relação ao apequenamento da humanidade, que sentido teria esta informação?

 

 


 

 

 

 

 

Construa um texto padrão sobre o assunto para a próxima aula, encontre mais informações e opiniões sobre o autor e a obra, e lembre-se de citar quem os disse.

 

 

 

Como escrever um texto:

 

 

 

Para começar a escrever um texto você deve, em primeiro lugar ter um tema, ter ciência do que vai dizer, ou seja, compreender do assunto para isso é importante que se tenha acesso e pesquisa a respeito deste tema (informações para defendê-lo e fazer o leitor acreditar que o que você diz é verdade).

 

Em segundo fazer perguntas (é interessante que o próprio tema seja uma pergunta) sobre o assunto a si mesmo, e em terceiro começar a escrevê-lo.

 

 

 

Assim escrever não é apenas pegar papel e caneta e começar quando temos um tema, precisamos de conhecimentos e ideias em determinado assunto.

 

 

 

Quando escrevemos um texto é essencial que nele estejam presentes três parágrafos: Introdução, desenvolvimento e conclusão.

 

Apesar de não estarem explícitos, devem ser percebidos pelo seguinte raciocínio:

 

Na introdução diga sobre o que ou quem vai falar, sobre o porquê vai falar, e sobre seu objetivo em falar aquilo.

 

No desenvolvimento expresse como é, as datas referentes e as localizações referentes ao que se está dizendo. Explicite as relações e veja se elas se conversam e expressam valores umas com as outras, “o fato de ter ocorrido em determinado lugar, tem relação ao fato de ela estar historicamente situada em algum evento?”.

 

Na conclusão expresse os porquês dos acontecimentos que a obra se refere (com relação ao tema central do texto). Demonstre a quem aquele texto é interessante e por que, e deixe bem claro sua opinião sobre ele.

 

Antes de pensarmos em uma dissertação vamos ver como você escreve, e depois analisar o seguinte fato:

 

A dissertação é um texto sobre um tema real, escrito na terceira pessoa (ele), com inicio meio e fim, no mais formal a que se for possível, ou seja, corte do teu texto todos os “eus”. Na dissertação, você não mostra tua cara, você escreve, mas escreve de forma que não se reconheça sua opinião e seu nome, é como se você escreve no anônimo, que o fulano acha isso, e pelo fato do fulano achar isso, aquilo que foi apresentado é provável.