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O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.

Mario Quintana

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já que sou, o jeito é ser.

Clarice Lispector

 

 

 

 

 

 

 


HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa
HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa

 

 

HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa (2009)

("treiler" no youtube kkk)

 

 

 

HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa. 2009. França. Direção: Yann Arthus-Bertrand. Produção: Denis Carot e Luc Besson. Gênero: Documentário. Duração: 90 minutos. Baseado no livro “The Earth from Above”, de Yann Arthus-Bertrand.



 

 

Home – Meu Planeta Terra

Acho que quando uma coisa é interessante e nos faz pensar temos que repassá-las para as pessoas. Se você se preocupar com o planeta ou se já se perguntou alguma vez qual é o seu papel no mundo, o que você pode fazer em meio a tantas pessoas, como você pode ter um impacto positivo, por que se dar ao trabalho de fazer alguma coisa, como começar uma mudança, como não ser pessimista, quem mais está nessa comigo, ou mesmo se você já parou para pensar o que está acontecendo fora do seu mundo, da sua rotinha, do que você sabe, do que você acredita. A Terra vai além das nossas expectativas, pelo menos até o momento em que pararmos de a destruir.


https://feimperatrice.wordpress.com/2009/06/07/home-meu-planeta-terra/


 


 

 

HOME – Nosso Planeta, Nossa Casa (2009)

 

 

 “Consumimos em excesso e estamos extinguindo os recursos da Terra. Do ar, é fácil ver estas feridas. O que realmente quero é que as pessoas cujo consumo tem um impacto direto sobre a Terra, percebam a necessidade de mudar seu modo de vida depois de assistirem o filme .” (Yann Arthus-Bertrand).

Sensacional! Eu diria, mas nem um pouco sensacionalista. O Documentário ‘HOME, Nosso Planeta, Nossa Casa‘ traça um perfil da Terra, desde a sua criação até os dias atuais. E que choca com o que a humanidade tem feito com o nosso Planeta, com a nossa Casa, nos últimos 50 anos. Sou grata aSarah  por ter indicado.

Nenhum homem é uma ilha… A morte de qualquer homem me diminui, por que eu faço parte da humanidade; então nunca pergunte por quem os sinos dobram, eles dobram por ti“. (Ernest Hemingway).

No início parece que estamos de volta aos bancos escolares, tendo num audiovisual uma aula do surgimento do planeta, dos seres vivos… que nos parece longa, mas é esse um dos pontos chaves do filme: mostrar que agora temos pressa. Sem ao menos questionar para onde essa pressa levará todos nós. Por valorizar mais o supérfluo em detrimento do que nos é essencial. Num apetite voraz e egoísta.

E o filme segue num sobrevôo por partes importantes para esse alerta. Mostrando que o consumir muito mais do que se necessita, termina por um esgotamento da terra, do seu subsolo… Me fez até querer saber mais sobre a política atual do Rio São Francisco. Por terem mostrado a degradação de outros rios. Não há riqueza que pague o sentar a beira de um rio, com sua água límpida, vendo peixinhos nadarem. Tive o privilégio de ter visto na minha infância. Até no pequeno córrego que passa atrás do nosso terreno.

Dados ao final do filme:

* 20% da população mundial consome 80% dos recursos do planeta.
* O mundo gasta doze vezes mais em armas do que em ajuda de desenvolvimento de países.
* 5.000 pessoas morrem todos os dias por beber água poluída.
* Uns bilhões de seres humanos não têm acesso à água de beber salutar.
* 1 bilhão de pessoas passam fome.
* Mais de 50% do grão comercializado ao redor do mundo é usado para ração animal ou biocombustíveis.
* 40% da terra cultivável é degradada.
* A cada ano, 13 milhões de hectares de florestas desaparecem.
* 1 mamífero em 4, 1 pássaro em 8, 1 anfíbio em 3 estão ameaçados de extinção. As espécies estão desaparecendo mil vezes mais rápido do que o ritmo natural de extinção.
* 75% dos produtos da indústria pesqueira estão extintos, esgotados ou em risco de extinção.
* A temperatura média dos últimos 15 anos tem sido a mais alta desde o início de seu registro.
* A calota polar perdeu 40% de sua espessura em 40 anos.
* Poderá haver 200 milhões de refugiados do clima em 2050.

Pela importância do tema, o Documentário teve uma exibição em vários países no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho. Em várias mídias: cinema, televisão, DVD e internet (on-line pelowww.youtube.com/homeproject ).

Se no ‘Uma Verdade Inconveniente ‘, a mensagem válida veio em frase sobreposta aos créditos finais – Plante árvores! -, em ‘HOME’ vem durante todo ele. E para nós, brasileiros, nos motiva a cuidarmos muito mais dos nossos mananciais. Do Pantanal, dos Manguezais… e tentar impedir que a monocultura da soja não acabe imperando e destruindo tudo mais.

Vou querer ter o dvd em casa. Para rever mais vezes. Excelente Documentário.


https://www.home2009.com.br/ 
https://www.yannarthusbertrand2.org/main.php 
https://filmehome.blogspot.com/



Por: Valéria Miguez (LELLA) in https://cinemaeaminhapraia.com.br/2009/06/07/home-nosso-planeta-nossa-casa-2009/



 
 

::.. Entrevista com o diretor Yann Arthus-Bertrand ..::


Quando você sentiu que deveria realizar este filme?
Quando convidei Al Gore para apresentar seu filme - Uma Verdade Inconveniente - ao Parlamento Francês, percebi o grande impacto que o filme teria, muito mais do que um programa de televisão. Eu vi como o público ficou comovido, em alguns casos chegaram às lágrimas, e eu disse para mim mesmo, que o cinema seria um excelente meio de chegar às pessoas. Também me pareceu ser uma progressão natural da fotografia e dos programas de TV. Ocorreu-me que ao tirar fotografias da Terra, o meu tema era a humanidade, que é a mesma lógica por trás dos filmes.

Este é o seu primeiro filme de longa-metragem e um projeto bastante ambicioso. Da produção, filmagem até a montagem, o senhor encontrou muitas dificuldades?
Fui apresentado a Denis Carot, produtor de Live And Become, por Armand Amar, compositor e amigo. Ele concordou participar do projeto imediatamente, assim como Luc Besson. Foi quando a coisa ficou difícil! Quando lhe dão tanto dinheiro para fazer um filme único, filmado inteiramente em HD e de um helicóptero, é uma responsabilidade e um estresse constante. Eu trabalhei por instinto e, como sempre, aprendendo na medida em que trabalhava. Logo percebemos que a equipe dentro do helicóptero teria que ser reduzida ao piloto, o cameraman e o “engenheiro de imagem”. Assim, tivemos que dominar questões técnicas começando pela câmera que estávamos usando e as condições de filmagem, que eram diferentes em cada país que sobrevoávamos. Também, eu fiz o filme sem roteiro, baseado em uma sinopse de apenas uma página. Eu sabia a história que queria contar, mas a narração só surgiu enquanto filmávamos - principalmente o tema central de energia – primeiro a energia da força do músculo humano, depois a revolução desencadeada do que chamamos de “bolsas de luz solar”, óleo. O resultado final é realmente o filme de um fotógrafo que não está acostumado a restrições.


Qual é a mensagem central do filme?
O filme tem uma mensagem muito clara. Sofremos um grande impacto sobre Terra, mais do que poderíamos suportar. Nós consumimos em excesso e estamos extinguindo os recursos da Terra. Do ar, é fácil ver as feridas da Terra. Assim, Home - Nosso Planeta, Nossa Casa simplesmente revela nossa atual situação, enquanto afirma que a solução existe. O subtítulo do filme poderia ser “É Tarde Demais Para Ser Pessimista”. Nós chegamos a uma encruzilhada. Decisões importantes devem ser tomadas para mudar o mundo. Todos sabem algo sobre o tema do filme, mas ninguém quer acreditar nele. Assim Home - Nosso Planeta, Nossa Casa agrega importância ao argumento de organizações ambientais, de que precisamos refletir sobre um caminho com maior bom senso e mudar nosso modo de consumo.

Isto também envolve o fato do filme ser distribuído de uma forma sem qualquer precedente... 
Tive a idéia de distribuir o filme em todos os formatos gratuitamente sempre que possível, depois de conversar com Patrick de Carolis, que queria comprar o filme para a France Télévisions. Ele me disse que só poderia exibi-lo dois anos após a exibição nos cinemas. Procurei Luc Besson e disse que devíamos distribui Home - Nosso Planeta, Nossa Casagratuitamente. Ele disse que era impossível antes de ser render à idéia de ver um filme acessível de forma gratuita por todo o mundo e no mesmo dia. Aquilo nunca havia sido feito antes e foi possível graças a François-Henri Pinault, presidente e diretor executivo da PPR, que deu apoio imediato ao nosso filme. O que eu realmente quero é que as pessoas cujo consumo tem um impacto direto sobre a Terra, percebam a necessidade de mudar seu modo de vida depois de assistirem o filme.

Como você elaborou a narração e a música?
O texto da narração era crucial, é claro. Eu fui muito inspirado pelo trabalho de Lester Brown, o famoso ambientalista americano e pelo seu livro O Estado do Mundo (State of the World). Eu também trabalhei com Isabelle Delannoy, minha colaboradora de longa data. Com relação à música, é óbvio, pedi a Armand Amar, o melhor amigo do mundo e o melhor músico francês. Ele também é especializado em músicas do mundo e vozes e eu queria esse tipo de mistura cultural para a trilha sonora.

Como você desenvolveu o ritmo do filme?
Eu gosto da indolência da admiração, por isso eu queria que ela assumisse seu tempo. Restrições técnicas ligadas ao peso do helicóptero e à câmera que estávamos usando, levou-nos a filmar muitas cenas em câmera lenta. É isso o que eu gosto no filme: ele é contemplativo. É também um filme que nos faz ouvir e parar para pensar. As pessoas não gostam de ouvir algumas coisas que o filme tem a dizer, mas eu não estava disposto a fazer concessões.

Por que o título Home?
Foi idéia de Luc Besson e era a escolha óbvia. É muito simbólico, pois a ecologia é o estudo de nosso relacionamento com o nosso meio ambiente.

Home - Nosso Planeta, Nossa Casa tem crédito de carbono. O que isso envolve?
Todas as emissões de CO2 produzidas pela produção do filme são calculadas e compensadas por quantias em dinheiro, usadas para fornecer energia limpa àqueles que não a têm. Nos últimos dez anos, todo o meu trabalho tem sido à base de Redução Certificada de Emissões.

O que você espera que o público absorva? 
Além de uma mudança na forma de vida, eu gostaria que as pessoas quisessem ajudar. Há uma citação magnífica de Théodore Monod: "Nós tentamos tudo, exceto amar". Espero que esse filme seja sinônimo de muito amor.


https://www.portaldecinema.com.br/Filmes/home_nosso_planeta_nossa_casa.htm